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Imagine-se
dentro de um carro com vidros e portas fechados
ao meio dia. Ar condicionado e ventilador desligados.
Você está experimentando o efeito estufa: o ambiente
aquece e o vidro não permite que o calor escape,
o calor aumenta dentro do veículo. É estranha
esta propriedade do vidro que permite a passagem
da energia luminosa mas a radiação do calor (infravermelho)
ele não deixa passar.
Na
troposfera, camada onde acontecem os fenômenos
atmosféricos que chamamos de tempo, os dois gases
que fazem as vezes do vidro são o gás carbônico
(CO2) e o metano (CH4). A luz que vem do sol atravessa
a atmosfera terrestre, aquece o planeta e re-irradia
como calor, chamado radiação infravermelha. A
radiação infravermelha é que é absorvida pelo
metano e gás carbônico, não mais saindo da atmosfera
para o espaço sideral.
Desde
a revolução industrial no século 19 está crescendo
a concentração de metano e gás carbônico na troposfera.
Como gás de efeito estufa, uma molécula de metano
é 25 a 35 vezes mais eficiente que a do gás carbônico.
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A
constatação científica preocupante do momento é
que a concentração do metano na troposfera cresce
1% ao ano enquanto que a do gás carbônico, que embora
menos, tambem é provocador de efeito estufa, aumenta
0,4% ao ano. Por outro lado, a concentração de metano
na troposfera é cerca de 200 vezes menor que a do
gás carbônico: 1,75 ppm (partes por milhão) de CH4
contra 350 ppm CO2. |
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Quais
as fontes emissoras desses gases? Como esses aumentos
têm sido observados desde a revolução industrial,
a suspeita recai sobre atividades antrópicas (resultantes
da ação do homem) embora existam fontes emissoras
naturais como lagos, pântanos e organismos como
os cupins. Exemplos de fontes antrópicas são:
reservatórios de usinas hidrelétricas, grandes
criações de animais, campos de plantação de arroz
e queimadas.
Em vários países existem cientistas medindo essas
emissões. Em São Carlos, a Construmaq Construtora
de Máquinas e Aparelhos Químicos em conjunto com
o fisico Dr. Newton La Scala Junior da UNESP de
Jaboticabal, por curiosidade e com recursos próprios
têm medido desde outubro de 1998 uma vez por semana,
a concentração de gás carbônico e metano no ar.
Acreditamos
ser a primeira iniciativa desse tipo no país.
No gráfico você pode ver nossas medidas de metano
até agora, onde se vê, após um declínio inicial
e passagem por um mínimo, uma tendência de aumento
de metano no ar.
Elizabeth
Sikar - Física
elizabeth@linkway.com.br
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Você
sabe que...
O
efeito estufa é um processo natural de conservação
de calor do planeta; que sem ele a temperatura
global seria 40ºC mais baixa, impossibilitando
a vida na Terra? E que em consequência da poluição
e das atividades antrópicas o efeito estufa está
aumentando? Em 1850 havia 256 ppm de carbono na
atmosfera, hoje há 350 ppm e a previsão para 2005
é de 700 ppm.
FONTE: Cartilha do SENAC
Programa SENAC de EDUCAÇÃO e CIDADANIA
Por uma cidade saudável - 10 atitudes para
uma vida melhor
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