Uma
das leis mais verdadeiras que conheço é: cada
um colhe o que semeia. Às vezes a notamos automaticamente,
mas em geral não prestamos atenção nela porque
os resultados aparecem tempos depois.
Essa
é uma lei tanto individual como coletiva e planetária.
Alguns chamam-na de lei da causa e efeito ou lei
do Karma. Essa palavra, Karma, foi associada ao
místico, mas vejam que não há nada de místico
em colhermos o que plantamos.
Plantamos
pensamentos, hábitos, atitudes e comportamentos,
e a colheita se dá no nosso próprio corpo, nas
situações de vida, no nosso convívio e no nosso
Planeta.
Não
é sempre fácil discriminarmos quais serão os frutos
do plantio de hoje. O futuro é uma grande gama
de possibilidades que vai sendo reduzida a cada
escolha que fazemos. A escolha muitas vezes é
feita às cegas, por que há muitas variáveis envolvidas,
mas costumamos usar ferramentas para maximizar
a possibilidade de colhermos aquilo que esperamos.
Usamos a ética e a moral e também a história particular
e global para nos basearmos. Não podemos antecipar
ou prever o futuro com 100% de exatidão, porque
não temos consciência de todos elementos envolvidos,
no entanto podemos ter a nobreza de admitir que
somos responsáveis por ele, na medida que ele
é consequência do que somos, pensamos e fazemos
hoje.
Mas
por que nem sempre tomamos a responsabilidade
em nossas mãos? Um dos motivos é que é bem mais
fácil culparmos outras pessoas, e o outro é que
podemos perder a noção da nossa responsabilidade
dada a distância no tempo do resultado das ações
que nós demos origem no passado.
Por
que falo desse assunto agora?
Porque
estamos chegando na virada do milênio e muito
se comenta sobre o fim do mundo. Como se o fim
do mundo pudesse vir com data marcada. O tempo
terrestre é algo que nós humanos adequamos para
nos organizar, além disso, quando aqui no Brasil
estivermos comemorando a virada do milênio, no
Japão eles já estarão almoçando no primeiro dia
do milênio. Existem ciclos cósmicos sim, existem
acidentes da natureza também, mas se por enquanto
não temos completo conhecimento de como funcionam
e do que os desendadeiam, deveríamos nos preocupar
mais com a nossa parcela de responsabilidade própria,
coletiva e planetária.
Atualmente
existem problemas de fome, de violência, de superpopulação,
de má distribuição de renda, ambientais, de extinção
de espécies vegetais e animais, de poluição, etc.
Temos bombas atômicas, armas químicas e biológicas
para acabarmos com tudo por aqui. Mas esses problemas
não estão relacionados a uma data específica,
eles são um processo que foi disparado no passado
e que todo dia pode ser reforçado ou revertido.
Mudam os atos para melhor, mudam as consequências
para melhor. Que tal seria o mundo se agíssemos
com mais amor? Temos todos esses problemas hoje,
mas temos também mais urgência, mais consciência
e mais tecnologia do que no passado, para podermos
plantar melhores sementes para o futuro.
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