Poderíamos
ter orgulho de nossas conquistas por terra, água,
ar e espaço se, para todo o progresso decorrente,
não estivéssemos pagando um preço elevado. Estamos
exaurindo os recursos naturais de que dispomos
na mesma proporção em que nos multiplicamos: em
poucas décadas, somos quase seis bilhões de seres
humanos em todo o planeta Terra.
Para
sustentar essa progressão, retiramos a energia
necessária da terra, da água e do ar, transformando
o nosso meio ambiente e deixando um rastro de
exploração predatória e detritos. Danos à natureza
que não somos capazes de recuperar e, como consequência,
estamos tornando o nosso planeta um ambiente impróprio
para a nossa sobrevivência.
Os
processos de combustão são hoje os mais utilizados
como provedores da energia que necessitamos. Há
milhares de anos consumimos combustíveis de várias
fontes naturais para sobrevivermos e, mais recentemente,
para podermos acionar as máquinas e os motores
de nossas indústrias.
Muito
pouco ouvimos dizer sobre outros processos de
produção de energia senão o de combustão. Fala-se
apenas da sofisticação deste mesmo processo. Basta
olharmos para a indústria automobilística, que
tem sofisticado cada vez mais os motores, sempre
a combustão.
Mesmo
as tentativas não poluentes, como o motor a gás
natural, óleo vegetal ou a hidrogênio baseiam-se
no processo de combustão.
A
energia elétrica poderia ser a alternativa não
poluente, entretanto, para produzí-la construímos
hidrelétricas que comprometem o ecossistema onde
são instaladas, ou usinas nucleares, cujo lixo
é radioativo (sem estender o assunto sobre sua
estocagem e os conseqüentes malefícios). Também
com o mesmo fim, as baterias, que além de consumirem
metais, depois de utilizadas produzem um lixo
altamente agressivo à natureza.
Até
hoje não desenvolvemos um processo de produção
de energia acessível a todos e que não comprometa
nossos recursos naturais. Os estudos de Nikola
Tesla, que concebeu um processo original para
a transmissão de energia elétrica sem fio por
volta dos anos de 1898, são um hiato na história.
Desde então, não se pronuncia qualquer avanço
neste processo, o que reflete uma certa acomodação
frente aos fatos mais desconsoladores de nossa
vida no planeta (derramamentos de petróleo nos
mares, chuva ácida, etc). Uma verdadeira ironia
de nossa existência: para sermos cada vez em maior
número, estamos pondo em risco a nossa sobrevivência
num futuro fragilizado.
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