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Reflitamos sobre a palavra. A palavra é uma força ativa. O que se fala mesmo que despreocupadamente ou não intencionalmente produz conseqüências. Os pais que dizem para o filho pequeno que ele não entende, plantam nele uma semente de baixa auto-estima. Se a frase se repete várias vezes ele se tornará um adulto que acredita que não é inteligente o suficiente, que está sempre em dúvida quanto às conclusões que tira e as decisões que toma. Os pais que vêem um desenho do filho e por qualquer razão dizem que está feio, farão com que ele cresça com a sensação de ser incapaz de desenhar. No futuro seus desenhos não serão de seu agrado e numa situação extrema pode acontecer, que ele que poderia vir a ser um pintor famoso, deixe de desenvolver seu talento e brindar o mundo com suas obras.

A força da palavra é proporcional ao status do emissor. Pais e mães têm muito poder nas mãos porque para seus inocentes filhos a sua palavra é a lei. Todas as figuras de autoridade têm muita responsabilidade com o que emitem, porque quem escuta supõe que o discurso tem conteúdo, que a pessoa sabe do que está falando. Mas a palavra não é poderosa só nestas circunstâncias, ela o é sempre! Entre conhecidos e desconhecidos, entre amigos e inimigos. Sabemos disso, mas a maior parte do tempo não nos comportamos de acordo.

A tagarelice e a fofoca, por exemplo, são hábitos comuns que disseminam um veneno dificílimo de neutralizar. A tagarelice se configura no falar sem certeza e descuidado e a fofoca no falar maldoso. Repetir que manga com leite causa congestão e que o ser humano só usa 5% da sua capacidade cerebral são tagarelices que se consagraram com o uso.