Pensar
sobre a velhice é uma tarefa bastante ampla,
considerando-se que inclui refletir sobre como
são as experiências humanas.
Um novo tempo, uma nova forma de pensar, interagir,
atuar e projetar-se ao mundo: é a época
conhecida como terceira idade, o "tempo da
última estação" a ser
vivida, a fase em que se teria a capacidade de
ser uma pessoa completa, a etapa da integração
de todos os aspectos do ser, que foram vivenciados
aos poucos. A pessoa abre-se para doar-se às
próximas gerações. Disse
Skinner que "a velhice é, em parte,
como um outro país. Você poderá
viver bem lá, se se preparou com antecedência".
Nasce, então, o idoso, dos 65 anos em diante.
Governando o mundo (gerontocracia), garantindo
tradições, inovando, criando até
os seus últimos dias de vida, ser velho,
às vezes, é um estado de ser mal
compreendido, mesmo quando aliado a tantas realizações,
experiências e qualidades. Expressões
pejorativas nascem e se perpetuam para designar
uma fase da vida que é glorificada no Oriente,
onde os velhos são como semideuses por
sua sabedoria, que pode representar raios de luz
às novas gerações. O Ocidente
é menos condescendente com o idoso e trata
sua sabedoria como algo suspeito, que traz apenas
lembranças e convenções.
É como se a pessoa idosa não fosse
presente de fato. Hoje, o que conta é a
experiência imediata, a novidade que se
conhece a cada instante. Portanto, o idoso perde
também esse trunfo de outrora. Podemos
assim concluir que é diferente ser idoso
no final deste sécuo, comparado à
pessoa que envelheceu no final do séc.
XIX.
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