O
Livro das Mutações ou I CHING, que também pode ser traduzido
do Idioma Chinês como O Fácil, começou a ser elaborado
no período anterior à memória histórica, o que coloca
sua criação entre 25.000 a 5.000 anos atrás; atribuída
ao lendário sábio Fu Hsi, que criou os oito trigramas
básicos, na época designados por "Kua" (signo).
Desde a Antiguidade o I CHING vem sendo utilizado como
oráculo, funcionando como manifestação do inconsciente
de quem o consulta, tornando-se assim uma valiosa ferramenta
de autoconhecimento.
Mas
oracular é somente uma das funções do I CHING, ele é
um livro riquíssimo que trata sobre a cultura oriental,
diretrizes filosóficas, costumes e condutas que podem
ser aplicadas nos dias atuais.
Em torno de 1.150 a.C., no período da Dinastia Chou
(1.150-249 a.C.), o Rei Wên, durante seu cativeiro de
11 anos, expandiu o I Ching, combinando os 8 trigramas
em 64 hexagramas e acrescentando comentários (Julgamentos).
O filho do Rei Wên, Tan (Duque de Chou) também colaborou
acrescentando mais comentários aos hexagramas e o texto
referente às linhas.
Foi Kung Fu Tsé, o Confúcio, quem primeiro usou o nome
de I CHING, foi ele também que no século V a.C. completou
os comentários e produziu a primeira versão do Livro
que conhecemos hoje. Os termos trigramas e hexagramas
só foram cunhados em 1882 d.C. por James Legge.
O I CHING está profundamente relacionado ao Taoísmo
e ao Confucionismo, que baseiam-se nas forças antagônicas,
porém complementares dos princípios Yin e Yang. Assim,
no I CHING estão estas tendências que compõem a mutação,
que criam e destróem uma a outra, tendo como resultado
a transformação eterna, a única certeza que temos na
vida.
Claudia Boacnin
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